Em 2008, Tião e Sarney trocaram farpas na disputa pela presidência do Senado
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi uma das peças essenciais por enviar o mandato de segurança que pedia a ilegalidade da posse do senador Anbial Diniz (PT) para a gaveta. “A defesa feita pelo presidente [José Sarney] foi fundamental para que o ministro Celso de Mello arquivasse o processo”, diz o petista.
Na manhã desta sexta-feira, 24, as lideranças do PT se reuniram na sede do partido para felicitar o senador e fazer ataques à oposição. Em 2008, o então senador Tião Viana (PT) e José Sarney travaram disputa pública pela presidência do Senado.
Nos bastidores, os dois plantavam informações para prejudicar a candidatura um do outro. No começo Tião chegou a ter o apoio do Palácio do Planalto, mas com a decisão de Sarney de disputar o cargo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou pelo peemedebista.
Com a maior bancada da Casa e o apoio de Lula, Sarney obteve a vitória. Passados quatro anos, a atuação do presidente do Senado foi vital para garantir a cadeira de Tião Viana, que renunciou no final do ano passado para assumir o Palácio Rio Branco.
“A resposta dele [Sarney] ao Supremo foi muito clara no sentido de que ele deu posse a um suplente legitimamente eleito”, diz Anibal.
Eleição longa Para o senador Jorge Viana (PT), a ação contra o mandato de Anbial representa um ato de políticos que “nunca descem do palanque”. “Essa é uma das eleições mais longas que já vi na minha vida”, criticou Viana.
Sem citar o nome de seu colega de Parlamento Sérgio Petecão, o petista criticou o ex-aliado ao falar sobre a ingratidão à Frente Popular. “São pessoas que comeram do bom e melhor [dentro do governo] e depois, não achando por satisfeitos, querem tomar um mandato legítimo”, relembra o senador.
Para o senador, as ações na Justiça precisam ter seriedade e não “malandragem”. Segundo ele, o PT também poderia questionar o mandato do senador Sérgio Petecão no STF, mas por respeito à decisão popular e reconhecer a vitória dele prefere deixar as coisas como estão.
Agazeta.net tentou entrar em contato com o senador Sérgio Petecão, mas ele está na zona rural.
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