quarta-feira, 13 de julho de 2011

Justiça manda prender dois por envolvimento em morte de universitária durante aborto

Por solicitação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, a juíza Silvia Eliane Tedardi da Silva mandou prender no início da noite desta terça-feira (12) um técnico de enfermagem e o cunhado da estudante de direito Marielly Barbosa Rodrigues, 19, morta após ter se submetido a um aborto, segundo atestado em exames periciais.
A garota, que morava em Campo Grande (MS), ficou desaparecida por 21 dias e seu corpo foi achado em uma plantação de cana-de-açúcar, nos arredores da cidade de Sidrolândia (70 km de Campo Grande). A mãe, com quem a universitária vivia, soube da gestação somente depois da morte da filha.
Não havia sinais de violência no corpo e a vítima vestia roupas que lembravam as usadas por pacientes em hospitais. A polícia suspeita que Marielly tenha feito o aborto em alguma clínica clandestina –ela estava grávida desde fevereiro e ia para o quarto mês de gestação quando morreu.
O delegado que cuida do caso, Fabiano Nagata, acredita que algo deu errado no procedimento e a universitária morreu. Até agora, a polícia não sabe quem engravidou a jovem.
A magistrada mandou prender o técnico de enfermagem Jodimar Ximenes Gomes e Hugleice da Silva, casado com a irmã de Marielly. Os dois, em depoimentos já prestados à polícia, disseram que não se conhecem e negaram participação no caso.
A suspeitas contra Gomes surgiram após a polícia apreender em seu salão de beleza equipamentos como seringas, medicamentos e materiais hospitalares. Já Hugleice Silva aparece como suspeito por ter sido visto em Sidrolândia no dia do sumiço da cunhada --segundo a investigação, a jovem não tinha nenhum conhecido na cidade. A Justiça determinou a quebra do sigilo telefônico de ambos.
O advogado de Gomes, Davi Moura de Olindo, disse que já prepara recurso para tentar liberar o técnico de enfermagem da prisão. O defensor de Silva não foi localizado.
Fonte: uol.com.br

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