terça-feira, 18 de outubro de 2011

Companhias aéreas estudam pesar bagagem de mão dos passageiros


O espaço interno dos aviões não mudou, mas a sensação de desconforto está pior. Com medo de perder a mala, muitos passageiros viajam só com de bagagem de mão – que, na maioria das vezes, excede o limite de peso. Essa atitude pode pôr em risco a segurança do voo.
A bagagem pode se deslocar durante uma turbulência e machucar passageiros e tripulantes. Por causa do exagero dos passageiros, tem companhia aérea pensando em pesar a bagagem na porta da aeronave. O limite de peso é de cinco quilos, mas tem gente que acha que sempre cabe um pouquinho a mais.
Tem gente que viaja carregando o mundo nas costas e ainda quer entrar com tudo no avião. “Tem quase 12 quilos, mas vou entrar no avião assim mesmo. Eles deixam. Eu entrei do mesmo jeito e estou voltando”, comentou uma passageira.
Não pode. As regras da aviação brasileira estipulam limites para a bagagem de mão. No tamanho, as medidas somadas da altura, da largura e da profundidade não podem ultrapassar 115 centímetros e o peso máximo é de cinco quilos. “Minha bagagem tem 15 quilos. Acho que vou carregar. Eu vim assim”, disse o engenheiro civil Márcio Pires.
Quem já embarcou em um avião cheio provavelmente passou pela experiência de se sentar na poltrona 3 e só encontrar lugar para a bagagem de mão no compartimento acima da poltrona 30 ou 33. Esse é uma das explicações dessa regra. O espaço dentro do avião é limitado. Se um passageiro levar coisa demais, vai faltar espaço para o outro.
Essa é uma situação frequente: malas pesadas a caminho do embarque. “Não despachei a bagagem pela praticidade. De repente, você para e pega a bagagem, perde-se muito tempo. É melhor você colocar em uma mala menor e não ter de ficar esperando o desembarque para pegar a bagagem”, contou o consultor de vendas Cristiano Gomes.
O que não cabe no bagageiro suspenso vai no chão e pode representar um risco, segundo o Sindicato dos Aeronautas. “Poderia haver um deslizamento de bagagem. Em uma emergência ou talvez em uma turbulência, essas bagagens poderiam sair dos lugares e ferir passageiros e tripulantes”, alerta Marlene Ruza, diretora do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
No porão, a divisão do peso é rigorosa para garantir o bom equilíbrio da aeronave. Mas o que vai para a cabine não tem controle. “É uma questão de segurança para você, neste cálculo de desbalanceamento, não ter mais peso do que em outro lugar. É uma questão de cumprir a legislação”, acrescentou Marlene Ruza, diretora do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
No saguão existem avisos, mas entre o check-in e o embarque é difícil encontrar fiscalização. “Ninguém nunca falou nada”, disse um senhor. “Já foi averiguado, mas barrado não”, revelou um empresário.
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