quarta-feira, 8 de junho de 2011

Menina de dez anos escapa de assassinato pulando pela janela


Atendendo ao pedido da mãe para que se salvasse, Chelsea Flitt fugiu na manhã de segunda-feira e alertou familiares que, por sua vez, chamaram a polícia.
Horas depois, a mãe e a meia-irmã de Chelsea - Christine Chambers, de 38 anos, e Shania, de dois anos - foram encontradas mortas. O suspeito é o segundo marido de Chambers, David Oakes, de 50 anos, hospitalizado com ferimentos graves e sob guarda policial.
Após o alerta, a polícia do condado de Essex (onde fica Braintree, no sudeste da Inglaterra), se dirigiu ao conjunto habitacional onde ocorreu o crime e cercou a casa.
Depois de duas horas de negociações com um homem no interior da casa que se dizia armado, ouviram-se dois tiros.
Coragem
Falando à BBC, uma vizinha das vítimas, Karen Ballisat, disse ter sido acordada pelas vozes dos policiais, que diziam: 'Sua casa está cercada, não se mexa ou nós atiraremos em você'.
'Olhei pela janela e vi a polícia com armas, e parecia um filme de terror', disse Ballisat.
Segundo os jornais britânicos, após escapar, Chelsea teria corrido cerca de meio quilômetro até a casa de seu pai e ex-marido de Christine, Ian Flitt, gritando: 'Ele ficou louco e tem uma arma!'
Chelsea disse que viu o assassino colocar um revólver na boca da mãe, disse Ian Flitt.
Em uma coletiva, o chefe-assistente de polícia de Essex, Gary Beautridge, elogiou a 'braveza absoluta' de Chelsea Flitt.
'Ela demonstrou muita coragem e autocontrole em circunstâncias que devem ter sido muito difíceis', disse o policial.
Tragédia anunciada
Na coletiva, Beautridge admitiu que a polícia foi contatada repetidas vezes nos últimos dois anos devido a incidentes envolvendo Oakes e Chambers.
Ele acrescentou que haverá uma 'revisão completa e fundamental das circunstâncias em torno desses contatos'.
A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês), órgão que investiga irregularidades cometidas pela polícia britânica, anunciou que está preocupado com o caso e que dois oficiais serão enviados a Essex para decidir se deve ser lançada uma investigação completa.
Segundo o órgão, Chambers contatou a polícia pela última vez no dia 27 de maio.
Christine e Oakes tinham uma audiência marcada em um tribunal local da vara de família no mesmo dia em que os crimes ocorreram, disse um funcionário do tribunal.
Fonte: BBC / g1.com.br

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