domingo, 1 de maio de 2011

Trair é a pior coisa do mundo?

Jornalistas recebem livros pelo correio. Você está no computador, escrevendo, e alguém põe sobre a sua mesa um pacotinho mandado por uma editora. Semana passada eu recebi um livro de capa verde da Suma, uma marca da editora Objetiva, e dei uma olhada para ver do que se tratava. Gostei do assunto o suficiente para levar para casa e começar a leitura, levemente espantado com o conteúdo. O livro, assinado pela terapeuta familiar e conselheira matrimonial americana Holly Shumas, é um relato em primeira pessoa, extremamente minucioso, de um caso de adultério. Chama-se O amor e outras catástrofes da natureza. 

A história é simples: grávida de oito meses, a narradora descobre que seu marido está “emocionalmente envolvido” com outra mulher. Ele havia transado com uma colega de trabalho, se arrependera, mas ainda assim, passara a trocar emails e ter conversas íntimas com a moça. Há mais de um ano. Sua mulher descobriu quando “a outra” ligou no dia de Ação de Graças, uma data que para os americanos equivale ao Natal para nós, sagrada para as famílias. 

A autora constrói tão bem a cena da descoberta – o marido cochichando ao telefone, no quarto, enquanto o resto da família comia – que uma colega da redação a quem emprestei o livro não aguentou. “Parei de ler ali mesmo. Fiquei mal”, ela me disse. “Imagine, estar grávida de oito meses e descobrir uma coisa dessas.” 
matéria completa aqui: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI232370-15230,00-TRAIR+E+A+PIOR+COISA+DO+MUNDO.html

Nenhum comentário: