sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Acre será pioneiro na América Latina em análise conjunta do clima, meio ambiente e saúde

Apesar de parecerem independentes, fatores como o clima, meio ambiente e saúde pública estão intimamente relacionados. Tanto é assim que uma ferramenta capaz de gerar análises integradas entre os mesmos proporcionaria maior entendimento e previsibilidade no que se refere às mudanças climáticas em andamento, alteração de ecossistemas e incidência de doenças tropicais.
Tal ferramenta existe e chama-se PULSE -Plataform for Understanding Long-Term Sustainability of Ecosystems and Health. Projeto de cooperação entre o Reino Unido e o Brasil elaborado pela Universidade de Exeter, Instituto de Pesquisas Espaciais-Inpe, Fundação Oswaldo cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac)/Ucegeo e Secretaria de Saúde (Sesacre), o PULSE é uma plataforma online que permite visualização integrada de dados de clima, meio ambiente e saúde humana. Disponibilizado de forma gratuita, o sistema fará parte de um projeto que executará análises acuradas nos próximos três anos, sendo adaptado às contingências do território acreano, primeiro estado brasileiro a usar uma plataforma.
A assinatura do convênio entre as instituições encarregadas do projeto (Universidade de Exeter/UK, Sema, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Fiocruz) ocorreu na tarde da última quarta-feira, dia 6, no auditório da Secretaria da Fazenda, (Sefaz) contando com a presença de diversas autoridades ligadas ao meio ambiente, saúde e defesa civil.
O secretário de Estado de Meio Ambiente do Acre Edegard de Deus assinando o convênio para a implementação do PULSE no Estado (Foto: Assessoria Sema)
O secretário de Estado de Meio Ambiente do Acre, Edegard de Deus, assinando o convênio para a implementação do PULSE no Estado (Foto: Assessoria Sema)
Para Edegard de Deus, secretário de Estado de Meio Ambiente do Acre, o PULSE vai proporcionar uma visão mais clara das interações climáticas com o meio ambiente, além de facilitar a gestão adequada destes eventos, minimizando os impactos à população. “Somos gratos a todos os parceiros envolvidos na concepção, elaboração e andamento deste projeto, porque ele facilitará muito a previsibilidade necessária para que tomemos as medidas cabíveis para as mudanças que estão ocorrendo rapidamente, tanto pela ação humana, quanto pela incidência de eventos extremos como secas e queimadas”.
Segundo Duarte Costa, gerente do Projeto PULSE pela Universidade de Exter, a plataforma trabalha cruzando dados oriundos de diferentes áreas científicas – agora agregados num mesmo sistema –, originado análises integradas e multidisciplinares capazes de orientar os tomadores de decisão em caso de eventos climáticos extremos, contribuindo, ainda, para um maior entendimento de problemas ambientais e sociais decorrentes. “Em resumo, o PULSE permitirá a análise e projeção futura de como as mudanças climáticas em andamento estão influenciando eventos sazonais como enchentes e queimadas e, consequentemente, as enfermidades sensíveis à variabilidade climática: malária, dengue, leptospirose, malária, doenças respiratórias, entre outras”, conclui.
Matéria completa em agencia.ac.gov.br

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