sábado, 14 de maio de 2011

Atentado é vingança por morte de Bin Laden

O movimento talibã paquistanês (TTP, na sigla em urdu) reivindicou o duplo atentado suicida contra uma academia de forças de segurança no norte do Paquistão que matou pelo menos 88 pessoas nesta sexta-feira (13), informou a emissora Dunya. Na semana passada, o grupo fundamentalista, aliado da Al Qaeda desde 1996, quando Bin Laden chegou ao Afeganistão após ser expulso do Sudão, já havia prometido retaliações contra os governos locais e os Estados Unidos.

"É uma vingança pela morte de Osama bin Laden", afirmou à emissora um porta-voz do TTP, identificado como Ehsanulá Ehsan, que ameaçou dar sequência aos "ataques contra as forças de segurança". Segundo a agência EFE, 79 recrutas da guarda de fronteiras (Frontier Corps) e nove civis morreram no duplo ataque suicida registrado na cidade de Charsada, a duas horas de carro de Islamad, capital paquistanesa. Entre os 105 feridos, 25 estão em estado grave, segundo a agência.

O atentado aconteceu quando recrutas deste corpo de segurança voltavam de ônibus a suas casas após vários dias de treino. "Não envieis vossas crianças às forças de segurança", advertiu o porta-voz taleban na mensagem lida à Dunya. e acordo com as autoridades locais, cerca de 15 corpos ficaram totalmente carbonizados. As explosões foram tão fortes que pelo menos 20 veículos foram destruídos no ataque.
A guarda de fronteiras é integrada principalmente por pashtuns, a mesma etnia que habita as zonas tribais do Paquistão, ao contrário do Exército regular, dominado por punjabis e que é destacado para a área da fronteira com o Afeganistão apenas em grandes ofensivas militares.
A primeira reação no Ocidente ao ataque veio do Reino Unido, onde o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, condenou o atentado, classificando-o de "covarde" e "indiscriminado".

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