Fonte: g1.globo.com/ac/acre/
Ao descobrir que Kleber de Matos Holsbach Júnior, de apenas 21 anos, estava com uma leucemia crônica, tipo M3, um grupo formado por amigos e familiares do jovem resolveu raspar a cabeça em solidariedade ao amigo. Kleber luta contra o câncer desde março, quando descobriu a doença após levar uma pancada na cabeça durante uma partida de futebol. Pelas redes sociais, os amigos pedem doação de sangue para o tratamento dele. No último domingo (16) o atacante do Andirá Jonathan Oliveira homenageou o irmão após um gol durante jogo do Campeonato Acreano.
Nascido em Vila Nova Califórnia, no estado de Rondônia, o estudante mora em Rio Branco há 3 anos e antes de descobrir a doença cursava o segundo ano de física na Universidade Federal do Acre (Ufac). Hoje, Kleber se encontra internado na UTI do Hospital das Clínicas de Rio Branco.
O tio do estudante, Kleisson de Matos Holsbach, conta como foi a descoberta da doença.
"Ele estava jogando bola, recebeu uma pancada e começou a sangrar pelo nariz. Quando forçava a garganta também sangrava. Ele procurou atendimento no Pronto Socorro e depois foi encaminhado para a Fundação Hospitalar onde foi diagnosticado o câncer", lembra.
"Ele estava jogando bola, recebeu uma pancada e começou a sangrar pelo nariz. Quando forçava a garganta também sangrava. Ele procurou atendimento no Pronto Socorro e depois foi encaminhado para a Fundação Hospitalar onde foi diagnosticado o câncer", lembra.
Kleisson diz que o grupo de amigos e familiares formou uma corrente para apoiar Júnior neste momento. "Cada dia é uma vitória. Ele está recebendo uma quantidade muito grande de plaquetas e de sangue, já que o tipo sanguíneo dele é O negativo, muito raro. Estamos em uma corrente muito forte de oração, envolvendo todas as igrejas", diz.
Sobre a campanha e a mobilização da família juntamente com os amigos, o tio do jovem acredita que o movimento é crucial para que todos consigam se manter fortalecidos. "Esta é a parte fundamental. O Júnior demonstra para a gente a vontade de viver. Quando fazemos a visita, ele mexe os olhos e tenta se comunicar com a gente, principalmente quando falamos da galera dos carecas. E agora todo mundo aqui é corintiano, porque é o time dele", conta emocionado.
Júnior fez a quarta sessão de quimioterapia na segunda-feira (17). Ele está na unidade de tratamento intensivo e está sedado, mesmo assim a família visita o jovem todos os dias. Nos corredores do hospital, é possível ver também os amigos, todos carecas.
Ailton Rizzi cuida do estudante desde os primeiros seis meses de vida. O pai biológico de Júnior morreu quando ele ainda estava na barriga da mãe. Rizzi diz que o filho pediu que ele e o irmão raspassem a cabeça para dar uma força durante o tratamento. "Quando ele ainda estava consciente ele pediu que a gente raspasse a cabeça, caso ele perdesse os cabelos na quimioterapia. E iniciamos uma campanha para doações de sangue, até que o ato foi ganhando força nas redes sociais. Crianças, idosos começaram a raspar a cabeça", diz.
Os amigos aos poucos se reuniram e, em grupos, faziam o ato solidário em apoio ao amigo. O estudante Wussander Camello é amigo de infância de Júnior. Cresceram juntos em Vila Califórnia e vieram para Rio Branco iniciar os estudos na universidade. Ele conta que a ideia não surgiu de uma pessoa, mas foi ganhando espaço entre as amizades de Júnior. Matéria no g1 acre.
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